O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, também conhecido como DAEM, refere-se a um declínio gradual nos níveis de testosterona em homens à medida que envelhecem, geralmente a partir dos 40 anos em diante.
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e desempenha um papel crucial no desenvolvimento e manutenção de características sexuais masculinas, na densidade óssea, na massa muscular, na produção de espermatozóides e em várias funções metabólicas.
Os sintomas do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), podem variar em intensidade e não afetam todos os homens da mesma forma. Alguns homens podem experimentar vários sintomas, enquanto outros podem não sentir nenhum sintoma perceptível. Os sintomas comuns do DAEM incluem:
Fadiga: Sensação constante de cansaço, falta de energia e fraqueza.
Diminuição da libido: Redução do desejo sexual e do interesse por atividades sexuais.
Disfunção erétil: Dificuldade em obter ou manter ereções firmes o suficiente para uma atividade sexual satisfatória.
Alterações de humor: Mudanças de humor, irritabilidade, ansiedade ou depressão podem estar associadas a níveis baixos de testosterona.
Perda de massa muscular: Redução na força e na massa muscular, juntamente com uma possível diminuição na capacidade de exercícios físicos.
Acúmulo de gordura corporal: Aumento da gordura corporal, especialmente ao redor da região abdominal.
Redução da densidade óssea: Os níveis baixos de testosterona podem contribuir para a diminuição da densidade óssea, aumentando o risco de osteoporose.
Dificuldade de concentração: Dificuldade em se concentrar, perda de memória e falta de clareza mental.
Diminuição do crescimento de pelos faciais e corporais: Os pelos faciais e corporais podem tornar-se mais finos e menos densos.
Alterações no sono: Distúrbios do sono, como insônia ou sonolência excessiva durante o dia.
Lembre-se de que esses sintomas podem ter outras causas além do hipogonadismo masculino tardio, como condições médicas subjacentes ou fatores de estilo de vida. Além disso, a gravidade e a presença dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Se você está experimentando esses sintomas, é importante procurar um médico para uma avaliação completa e precisa.
Existe alguma forma de estimular a produção natural de testosterona ?
Sim, existem várias abordagens que podem ajudar a estimular a produção natural de testosterona no corpo. No entanto, é importante entender que essas abordagens podem ser mais eficazes em casos de níveis de testosterona ligeiramente baixos ou quando os sintomas não são graves. Aqui estão algumas maneiras de estimular naturalmente a produção de testosterona:
Alimentação Saudável: Uma dieta equilibrada e saudável desempenha um papel crucial na regulação hormonal. Certifique-se de consumir uma variedade de alimentos ricos em nutrientes, incluindo proteínas magras, gorduras saudáveis e uma variedade de vitaminas e minerais.
Exercício Físico: O treinamento de resistência, como levantamento de peso, e exercícios aeróbicos regulares podem aumentar os níveis de testosterona. O exercício também pode ajudar na redução da gordura corporal, o que pode contribuir para níveis mais saudáveis de testosterona.
Sono Adequado: A falta de sono ou a má qualidade do sono podem afetar negativamente os níveis de testosterona. Certifique-se de ter um padrão de sono regular e uma boa higiene do sono.
Gerenciamento do estresse: Altos níveis de estresse crônico podem levar a níveis mais baixos de testosterona. Práticas como meditação, ioga e outras técnicas de relaxamento podem ajudar a reduzir o estresse.
Perda de Peso: Se você estiver com excesso de peso, perder peso pode levar a um aumento nos níveis de testosterona. Isso ocorre porque a gordura corporal em excesso pode aumentar os níveis de estrogênio, que podem inibir a produção de testosterona.
Consumo de Zinco e Vitamina D: Esses nutrientes desempenham um papel importante na regulação dos níveis de testosterona. Certifique-se de incluir alimentos ricos em zinco (como carne magra, frutos do mar e nozes) e obter exposição adequada ao sol para a produção de vitamina D.
Limitação do Álcool e Tabaco: O consumo excessivo de álcool e o tabagismo podem afetar negativamente os níveis de testosterona. Limitar ou evitar essas substâncias pode ser benéfico.
Lembre-se de que os níveis de testosterona podem ser influenciados por uma variedade de fatores individuais, e nem todos os métodos de estimulação natural funcionarão da mesma maneira para todas as pessoas.
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
A Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) é um tratamento médico que envolve a administração de testosterona para homens que têm níveis baixos de hormônio testosterona no sangue. A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e manutenção de características sexuais secundárias, como massa muscular, densidade óssea, libido e função erétil.
A TRT é frequentemente prescrita para homens que sofrem de hipogonadismo, uma condição na qual os testículos não produzem testosterona em níveis adequados. Existem duas formas principais de hipogonadismo:
Hipogonadismo primário: Isso ocorre quando os testículos não produzem testosterona suficiente devido a problemas nos próprios testículos, como lesões, infecções, câncer ou problemas genéticos.
Hipogonadismo secundário: Nesse caso, o problema está no sistema de controle do cérebro e da glândula pituitária, que não sinaliza corretamente para os testículos produzirem testosterona. Causas incluem tumores na hipófise, radioterapia, ou certos medicamentos.
Todos os Homens vão precisar de Terapia de Reposição de Testosterona ?
Não, nem todo homem precisará de reposição de testosterona à medida que envelhece. O declínio nos níveis de testosterona é uma parte natural do envelhecimento masculino. No entanto, nem todos os homens experimentam sintomas significativos relacionados a esse declínio hormonal.
A reposição de testosterona é considerada quando os níveis de testosterona caem para níveis anormalmente baixos e estão causando sintomas significativos que afetam a qualidade de vida e a saúde geral do indivíduo. Os sintomas associados ao hipogonadismo masculino tardio podem variar em gravidade e impacto de pessoa para pessoa. Alguns homens podem ter níveis baixos de testosterona sem sentir sintomas adversos ou sem que esses sintomas tenham um impacto significativo em sua vida cotidiana.
É importante que a decisão de iniciar a reposição de testosterona seja baseada em uma avaliação médica completa, incluindo exames de sangue para medir os níveis hormonais e uma avaliação dos sintomas apresentados. Além disso, fatores como a presença de outras condições de saúde, histórico médico e riscos potenciais associados à terapia de reposição hormonal também devem ser considerados.
A reposição de testosterona não é adequada ou necessária para todos os homens e deve ser realizada sob a orientação de um médico experiente, que pode determinar se os benefícios potenciais superam os riscos e se a terapia é apropriada para cada indivíduo.
Quem não pode fazer terapia de reposição hormonal ?
A terapia de reposição hormonal com testosterona não é adequada para todos os homens. Existem algumas condições médicas e fatores que podem contra-indicar ou requerer precauções especiais ao considerar a terapia de reposição hormonal. Aqui estão alguns exemplos de situações em que a terapia de reposição hormonal pode não ser recomendada:
Câncer de Próstata: Homens com câncer de próstata ativo ou com elevação do PSA em investigação. Pacientes que já tiveram câncer de próstata e foram tratados não estão contra indicado a terapia de reposição de testosterona a princípio.
Câncer de Mama: Homens com câncer de mama também são desaconselhados a fazer terapia de reposição hormonal, pois a testosterona pode aumentar o risco de crescimento de células cancerosas na mama.
Câncer Sensível a Hormônios: Homens com cânceres que são sensíveis a hormônios, como alguns tipos de câncer de pulmão ou câncer de cólon, também devem evitar a terapia de reposição hormonal.
Efeitos Colaterais Graves: Alguns homens podem experimentar efeitos colaterais graves com a terapia de reposição hormonal, como reações alérgicas ao medicamento, retenção de líquidos, apneia do sono agravada ou piora de problemas cardíacos.
Problemas Cardíacos Graves: Homens com problemas cardíacos graves, como insuficiência cardíaca congestiva grave, não são bons candidatos para a terapia de reposição hormonal, pois ela pode afetar o sistema cardiovascular.
Eritrocitose: A terapia de reposição hormonal pode aumentar a produção de glóbulos vermelhos, levando a um quadro conhecido como eritrocitose, o que pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos e problemas cardiovasculares.
História de Acidente Vascular Cerebral ou Ataque Cardíaco: Homens com história de AVC ou ataque cardíaco podem requerer precauções adicionais ao considerar a terapia de reposição hormonal, devido aos riscos cardiovasculares associados.
Apneia do Sono Grave: A terapia de reposição hormonal pode agravar a apneia do sono em alguns homens.
Problemas Hepáticos: Distúrbios hepáticos graves podem afetar o processamento da testosterona no corpo, o que pode influenciar a decisão de prosseguir com a terapia de reposição hormonal.
Desejo de Fertilidade: Homens que desejam manter sua fertilidade podem precisar de considerações especiais ao escolher a terapia de reposição hormonal, pois ela pode reduzir a produção de espermatozoides.
É essencial discutir qualquer histórico médico, condições de saúde existentes e preocupações com um médico especializado antes de iniciar a terapia de reposição hormonal. Um médico qualificado pode avaliar cuidadosamente sua situação e orientá-lo sobre os riscos, benefícios e alternativas possíveis para o seu caso específico.
Quais são as formas de repor testosterona no Brasil ?
No Brasil, existem diversas formas de reposição de testosterona disponíveis para tratar o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou outras condições que resultam em baixos níveis de testosterona. Aqui estão algumas das principais formas de reposição de testosterona que são utilizadas:
Injeções Intramusculares de testosterona:
As injeções de testosterona de curta e longa duração são duas formas de administrar a terapia de reposição hormonal com testosterona em homens com hipogonadismo. Cada uma tem suas características, vantagens e desvantagens, e a escolha entre elas depende das necessidades individuais do paciente e das recomendações do médico. Vamos discutir cada uma delas:
Injeções de Testosterona de Curta Duração:
Curta Duração : Deposteron e Durateston .
Intervalo de administração: Geralmente, as injeções de testosterona de curta duração são administradas a cada 1 a 3 semanas
Vantagens:
Ação rápida: Essas injeções tendem a elevar os níveis de testosterona no corpo de forma mais rápida após a administração.
Menos acumulação: Como são administradas com frequência, há menos acúmulo de testosterona no organismo, o que pode ser uma vantagem para ajustar a dosagem com mais precisão.
Desvantagens:
Inconveniência: Devido à necessidade de administração frequente, as injeções de curta duração podem ser menos convenientes para alguns pacientes.
Possibilidade de flutuações nos níveis de testosterona: Como as injeções são administradas com mais frequência, pode haver flutuações nos níveis de testosterona entre as doses.
Injeções de Testosterona de Longa Duração:
Longa Duração: Undecilato de Testosterona ( Nebido , Atesto , Hormus )
Intervalo de administração: As injeções de testosterona de longa duração geralmente são administradas a cada 8 a 12 semanas
Vantagens: Devido ao intervalo mais longo entre as doses, as injeções de longa duração são mais convenientes para muitos pacientes.
Estabilidade nos níveis de testosterona: Com a administração menos frequente, há menos flutuações nos níveis de testosterona entre as doses.
Desvantagens: Pode levar mais tempo para que os níveis de testosterona se estabilizem após a administração da primeira dose.
Potencial para acúmulo: Como as injeções são menos frequentes, pode haver acúmulo de testosterona no organismo, o que pode ser mais difícil de ajustar.
A escolha entre injeções de testosterona de curta e longa duração dependerá das preferências do paciente, da capacidade de cumprir um cronograma de administração mais frequente, da tolerância aos efeitos colaterais e das metas do tratamento. É importante ressaltar que a terapia de reposição hormonal com testosterona deve ser prescrita e monitorada por um médico especializado, para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Além disso, os níveis de testosterona devem ser monitorados regularmente para fazer ajustes na dosagem conforme necessário.
Géis e Cremes Tópicos: Géis e cremes de testosterona podem ser aplicados diretamente na pele, absorvendo a substância pela pele e liberando-a gradualmente na corrente sanguínea. Esses produtos geralmente são aplicados uma vez ao dia.
Implantes Subcutâneos
Um implante subcutâneo de testosterona é um método de administração de testosterona que envolve a inserção de pequenos pellets ou cápsulas subcutâneas abaixo da pele. Esses pellets liberam testosterona gradualmente no corpo ao longo de um período de tempo, geralmente vários meses.
Aqui estão alguns pontos chaves sobre os implantes subcutâneos de testosterona:
Procedimento: O implante subcutâneo de testosterona é realizado em um ambiente médico. Com uma pequena incisão na pele, geralmente na região glútea são inseridos os pellets abaixo da pele. A incisão é fechada com uma pequena sutura ou adesivo cirúrgico.
Liberação gradual: Os implantes liberam testosterona de maneira contínua e gradual na corrente sanguínea durante um período de tempo que varia dependendo do tipo de implante utilizado, mas pode durar 6 meses
Monitoramento médico: É importante que um médico especializado supervisione o tratamento com testosterona e realize análises de sangue periódicas para garantir que os níveis de testosterona estejam na faixa adequada e controle efeitos secundários.
Uso do Clomifeno: O clomifeno é um medicamento que tem sido usado em algumas situações como parte da terapia de reposição hormonal em homens com hipogonadismo. Seu mecanismo de ação é diferente do da testosterona, pois não fornece diretamente a testosterona, mas atua estimulando a glândula pituitária a liberar mais hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH). Esses hormônios, por sua vez, podem estimular os testículos a produzir mais testosterona endógena (produzida pelo próprio organismo). Portanto, o clomifeno é muitas vezes usado em homens com hipogonadismo que desejam aumentar sua produção natural de testosterona e, potencialmente, melhorar a fertilidade.
Uso do HCG: O hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) é às vezes utilizado em conjunto com a terapia de reposição de testosterona (TRT) em homens. A principal razão para isso é ajudar a manter a função dos testículos e a produção endógena de testosterona, minimizando a atrofia testicular que pode ocorrer quando o TRT suprime a produção natural de testosterona.
Aqui estão algumas considerações sobre o uso do HCG no TRT:
Prevenção da atrofia testicular: Quando um homem inicia um TRT com testosterona exógena, seus testículos podem reduzir a produção de testosterona endógena, resultando em atrofia testicular. O HCG é usado para estimular os testículos a continuar produzindo testosterona natural durante o tratamento com testosterona exógena, mantendo-os em um tamanho mais normal.
Fertilidade: O HCG também é usado em alguns casos para preservar a fertilidade em homens que desejam ter filhos no futuro. A TRT pode suprimir a produção de esperma, tornando difícil ou impossível a concepção. O HCG pode estimular a produção de esperma nos testículos e, portanto, ajudar a manter a fertilidade.
Dose e frequência: O protocolo de uso do HCG varia de acordo com o médico e a situação clínica. Normalmente, o HCG é administrado por meio de injeções intramusculares, a dose e a frequência dependem das necessidades individuais do paciente.
Uso do Anastrozol : O anastrozol é um medicamento que pertence a uma classe de medicamentos inibidores da aromatase. Ele é frequentemente utilizado no contexto de terapia de reposição hormonal (TRH) ou em tratamentos específicos relacionados aos hormônios, especialmente em casos que envolvem o controle dos níveis de estrogênio.
Em homens que fazem terapia de reposição de testosterona (TRT), a testosterona pode ser convertida em estrogênio em excesso, resultando em sintomas como ginecomastia (aumento das mamas). O anastrozol pode ser prescrito para controlar a conversão de testosterona em estrogênio e minimizar esses efeitos colaterais.
Infertilidade masculina: Em alguns casos de infertilidade masculina relacionados a níveis elevados de estrogênio, o anastrozol pode ser usado para reduzir os níveis de estrogênio e melhorar a qualidade do esperma.
Sprays Nasais: Alguns sprays nasais de testosterona estão disponíveis no exterior. Esse tipo de reposição logo deve estar disponível no Brasil
A Terapia de Reposição Hormonal pode oferecer diversos benefícios aos homens com essa condição, incluindo:
Melhora da libido: A testosterona é um hormônio sexual importante nos homens e desempenha um papel fundamental no desejo sexual. Homens com níveis baixos de testosterona frequentemente experimentam uma diminuição na libido, e o TRT pode ajudar a restaurar o interesse sexual.
Melhora da função erétil: A testosterona também influencia a função erétil. Homens com deficiência de testosterona podem experimentar disfunção erétil, e o TRT pode ajudar a melhorar a capacidade de obter e manter uma ereção.
Aumento da massa muscular: A testosterona é um hormônio anabólico que ajuda na construção e na manutenção da massa muscular. O TRT pode aumentar a síntese de proteínas musculares, o que pode resultar em um aumento da massa muscular e da força.
Redução da gordura corporal: A testosterona também pode influenciar a distribuição de gordura no corpo. O TRT pode reduzir a gordura corporal e melhorar a composição corporal, resultando em uma maior proporção de massa magra.
Melhora do humor e da energia: Alguns homens com deficiência de testosterona relatam sintomas como fadiga, irritabilidade e depressão. Um TRT pode melhorar o humor, aumentar os níveis de energia e proporcionar uma sensação geral de bem-estar.
Aumento da densidade óssea: A testosterona desempenha um papel na saúde óssea, e o TRT pode ajudar a aumentar a densidade óssea em homens com osteoporose ou risco de fraturas.
Melhora na cognição: Alguns estudos sugerem que o TRT pode ter um impacto positivo na cognição, incluindo melhora da memória, concentração e função mental em alguns homens.
É importante destacar que a escolha da forma de reposição de testosterona deve ser feita em consulta com um médico experiente. Cada forma de administração tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a decisão dependerá das preferências do paciente, das necessidades médicas individuais e da eficácia do tratamento.
Independentemente da forma de reposição de testosterona escolhida, é fundamental que a terapia seja monitorada de perto por um profissional de saúde, por meio de exames regulares para avaliar os níveis hormonais e possíveis efeitos colaterais. A terapia de reposição hormonal deve ser personalizada para atender às necessidades específicas de cada indivíduo.

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